Já parou para pensar como os sistemas de inteligência artificial conseguem identificar imagens, traduzir idiomas e até prever o que você vai gostar de assistir? Essa “magia” acontece graças a um tipo especial de tecnologia chamada redes neurais. Hoje, vamos entender como funcionam essas redes neurais de um jeito simples, com exemplos e sem complicações. Afinal, mesmo quem nunca teve contato com esse assunto pode entender e até se surpreender com essa tecnologia incrível!
As redes neurais são, basicamente, uma tentativa de imitar o cérebro humano. Elas são o coração de muitas tecnologias que usamos no dia a dia, como assistentes virtuais e sistemas de recomendação. E, assim como nosso cérebro, elas “aprendem” com o tempo, ficando cada vez mais precisas.
Imagine uma grande rede de neurônios (as células que temos no cérebro). Cada neurônio se comunica com outros e ajuda o nosso cérebro a entender o mundo. No mundo da inteligência artificial, a ideia foi criar algo parecido, mas usando “neurônios” artificiais que funcionam com números.
Esses neurônios artificiais são pequenos componentes que recebem uma informação (um número), fazem uma conta rápida e passam essa informação para o próximo neurônio da rede. Juntos, esses neurônios formam camadas, que, por sua vez, formam as redes neurais.
O aprendizado das redes neurais é muito parecido com o nosso. Quando estamos aprendendo algo novo, tentamos, cometemos erros, corrigimos e tentamos de novo. As redes neurais fazem o mesmo: elas tentam encontrar o melhor jeito de resolver um problema, erram no começo, ajustam-se e tentam de novo até conseguir um bom resultado.
Para entender como essas redes funcionam na prática, vamos ver alguns exemplos comuns que fazem parte do nosso cotidiano.
Sabe quando você posta uma foto e o aplicativo sugere as pessoas que estão nela? Isso é um exemplo de redes neurais em ação! Imagine que o sistema já conhece várias fotos suas. Ele analisa os padrões (como a forma do rosto e os traços) e cria um modelo com essas características.
Depois, ao ver uma nova foto, ele compara com o que já sabe. É como se ele estivesse “reconhecendo” uma pessoa querida em uma multidão. A rede neural aprendeu, com várias fotos suas, o que precisa observar para saber que é você.
Para treinar uma rede neural a diferenciar cães e gatos, o sistema começa com várias imagens dos dois animais. A rede vai aprendendo, pouco a pouco, quais traços são mais comuns em gatos (como bigodes longos) e em cães (orelhas caídas, por exemplo). No início, o sistema pode errar bastante, mas, com o tempo, ele melhora, porque vai ajustando seu “conhecimento”.
Assistentes como Alexa e Google Assistente usam redes neurais para entender o que você está dizendo. Mesmo com sotaques e diferentes formas de falar, eles conseguem processar a informação e responder corretamente. Mas como?
Eles analisam padrões de áudio. Quando você diz “Que horas são?”, o assistente reconhece essa sequência de palavras porque já “ouviu” isso várias vezes antes. Ele aprendeu com centenas de milhares de gravações e está sempre ajustando sua compreensão. Quanto mais ele ouve, melhor fica em interpretar o que você diz.
Imagine que um assistente virtual está aprendendo a responder ao comando “Ligar luz”. No início, ele não sabe o que “luz” ou “ligar” significam. Mas, depois de ouvir essas palavras várias vezes, ele aprende que “ligar” está relacionado a uma ação e “luz” a um objeto específico. Aos poucos, ele vai acertando cada vez mais, pois está reconhecendo o padrão dessas palavras em conjunto.
Quando você assiste a um filme ou escuta uma música, é comum que o aplicativo recomende algo parecido depois, certo? Esse é um exemplo de rede neural trabalhando para entender o seu gosto e fazer sugestões. Ela não tem “emoções” ou “gostos”, mas identifica padrões nas suas escolhas e nos hábitos de pessoas que têm gostos parecidos com os seus.
A rede neural do Netflix analisa o que você assistiu e compara com o que outras pessoas assistem depois de ver os mesmos conteúdos. Já no Spotify, o sistema observa seu histórico musical e sugere novas músicas que outras pessoas com o mesmo gosto gostaram.
Toda essa “mágica” das redes neurais só é possível porque elas passam por um longo processo de aprendizado, chamado de “treinamento”. Esse treinamento envolve três passos principais:
A rede neural começa recebendo uma grande quantidade de dados (imagens, textos ou sons, por exemplo). Quanto mais dados ela tiver, melhor ela poderá aprender.
Depois, ela faz uma série de testes. Por exemplo, ao aprender a reconhecer uma imagem de um gato, a rede analisa uma imagem, faz uma “suposição” sobre o que é e depois compara com a resposta correta. Se ela errou, ajusta seu sistema para evitar o mesmo erro no futuro.
Após cada erro, a rede ajusta seus neurônios, alterando a forma como analisa as informações. Esse ajuste contínuo permite que a rede aprenda e melhore com o tempo.
Apesar de serem muito inteligentes, as redes neurais ainda têm limitações:
As redes neurais já fazem parte do nosso cotidiano, mesmo que de forma invisível. Desde recomendar filmes até melhorar a precisão de diagnósticos médicos, essa tecnologia veio para ficar. No futuro, ela deve se tornar ainda mais poderosa e acessível, trazendo inovações em diversas áreas.
Aprender sobre redes neurais é entender como a tecnologia pode nos ajudar no dia a dia, tornando nossas vidas mais práticas e conectadas. E o melhor de tudo: é uma área que está apenas começando a mostrar seu potencial!
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